Sunday, June 28, 2015

Joy Division

Episódio novo de Anjos da Lei na TV. Pronto, o domingo já foi bom. Está frio, de volta pras cobertas. 
Então a galera chega, me arranca da cama, me arrasta pra rua pra zoar o dia todo. Não sei se a frase é mesmo do Stephen King, mas se for, ele acertou na veia ao final de Conta Comigo, numa sessão da tarde de videocassete, não da TV, àquela época: não há mais amigos como os que se tem por volta dos 14 anos, mesmo que você nunca mais os veja ou que se tornem meros conhecidos.

Saturday, June 20, 2015

Atari Teenage Riot

São quatro e meia da tarde. Choveu muito no dia anterior. O céu está limpo de toda a fumaça, como se velhas lentes de contato tivessem sido trocadas por um novo par. O caminho ensolarado lembra cenário de videogame – parece que todo cena de games tem o sol desse horário, quando a ação se passa durante dia. A falta de criatividade dos programadores me irrita. Eu adoro o sol desta hora no inverno – me lembra o sol das cinco e meia no verão, quando eu saía da escola e ficava na rua brincando até de noitinha. Essa hora sempre foi a hora da felicidade. Embora videogames tenham me trazido muitas alegrias à época e mesmo hoje, eles não combinam com esse horário, ao menos no meu registro pessoal.
A realidade, que os games desta década tanto tentam emular, é tão subjetiva em 2015 que eles são muito mais simulacros de uma idealização de hiper-realismo e muito menos verdadeiros do que jogos simplórios dos anos oitenta, cujos gráficos deixavam muito mais espaço para a imaginação preencher lacunas. Fan fiction era criação instantânea nos anos oitenta. Talvez deixe rastros até hoje, em livros de ficção científica daquela geração – a minha.
No lugar de um miniconto no domingo, neste final de semana resolvi publicar uma pequena crônica no sábado, pois o caos é legal.

Sunday, June 14, 2015

Descartesiana

A morte vem chegando.

Por que não desacelerar? Mas aceleramos, na perspectiva de sermos mais rápidos, sem notarmos que a colisão que se avizinha é frontal.

Sunday, June 07, 2015

Descartesiano

Entreolhamo-nos. Torto. Ambos.
Seguimos nossas vidas. Como se não houvéssemos existido. Não existimos. No entanto, pensamos.

O café estava gostoso.