Com o tempo se aproximando, ele sentiu-se petrificado. Não conseguia se mover. Vivendo fora do tempo, isso soa natural, mas não é. Ele ganhou dez anos de existência fugaz para compensar os cinco de olvido. Dez anos existindo apenas durante as noites e madrugadas, por algumas poucas horas. Enquanto ela sonhava. Surpreso, às vezes via-se consciente sábados ou domingos durante as tardes. Uma vez ela caiu doente e ele se encontrou às onze horas de uma terça-feira, por meros 4 minutos, enquanto ela cochilava. Ele prolongava os sonhos dela, conversando, convencendo-o que era ela real. Enquanto isso seu corpo envelhecia, mas ele era o mesmo de 15 anos antes no fluir etéreo. Finalmente ele desperta do coma. Mudo e paralisado, não consegue explicar para ela que era tudo verdade. Ele espera que ela note sua ausência no sono.
Monday, June 09, 2008
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