O bedel nos olha
com ódio. Um dia o entenderei, mas no momento, ele é apenas um inimigo.
Estávamos rindo. Ele tinha razão. Talvez fosse da cara dele – mas não era. Ele
parece um presidiário, controlando a ansiedade, no pátio da escola; talvez não
tão diferente da cadeia na qual foi trancafiado. Dele, lembro-me com a
consideração de um colega de cela tem para com o outro. Ou seja, com
consideração alguma, apenas com um ínfimo companheirismo, uma vaga felicidade de saber que agora ele está livre e que, um dia, talvez, também estarei.
Sunday, January 04, 2015
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment