Entropia
Bilhões de mortes depois de você
Todo o Mistério d’antanho
Mergulhou no olvido
O pranto ignora o vácuo
Podia ser ouvido a 10 parsecs
Afastei-me ainda mais
Orbito o buraco negro massivo de Andrômeda
No horizonte de eventos encaro
O último titã no firmamento
Horrorizado por ter uma testemunha
Do sofrimento indizível
Pelo qual se penitenciava
Sem a almejada paz
Do instante final
Antes de ser despedaçado
O nirvana é ilusório
Esta é versão do poema Entropia, originalmente de 2020, publicada no e-book Mapeamento dos Escritores e Escritoras de Poços de Caldas, lançado em 22 de junho de 2024. A única diferença em relação ao original é a última frase, que é menos explicativa.
Imagem em infravermelho da galáxia de Andrômeda. Foto de domínio público tirada pela NASA/JPL-Caltech/UCLA. |
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