Sábado à noite. Na cadeia, em um corró reservado para a garotada, para que eles não fossem currados pelos demais presos, ele pensa nela. Ela caiu da ponte que não ligava as duas margens, deixada pela metade, sem dizer uma palavra, ou demonstrar qualquer reação, chapada pra caralho. Seu nome era Paula, ao menos foi o que ela disse dez minutos antes de morrer depois de lhe fazer uma chupeta, a primeira da vida dele, por uma pedra. WJQ, as iniciais dele, estilizadas como sempre, estavam escritas à caneta no pescoço dela. Os policiais já sabiam, já as tinham visto pichadas e eles o odiavam. Ele começou a chorar, quinze anos, abandonado pela família, imaginando o encontro no motel, agora mesmo. Ela poderia ter sido sua namorada.
15/03/2009 – escrito originalmente em inglês e ampliado.
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