Escuto meu nome, como se uma velhinha que estivesse sendo estrangulada gritasse por mim desesperadamente, com o que resta de suas forças. Apesar da chuva e do vento frio que empurra as gotas contra minha cara e meu quarto, abro a janela e me deparo com ela, segurando uma bicicleta na mão e ainda insistindo em tocar o interfone quebrado, ao mesmo tempo em que me chama mais uma vez, sem notar que abri a janela logo à sua frente. Peço que espere, desço as escadas correndo e abro a porta e corro até o portão. A chuva fina incomodava relativamente pouco, mas a ventania gelada lembrou-me do sentimento irracional que nutria por aquela menina, afinal se fosse qualquer outra pessoa teria pegado uma blusa antes. É, normalmente sou egoísta, todos adoram jogar isso na minha cara. Mas ela não sabe disso.
Sunday, October 12, 2008
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