O site não tinha nenhuma menção sequer a ele e dois dias já haviam se passado. Manuel apertava o botão de atualização do navegador insistentemente, sem conseguir estudar, ouvindo o início das músicas do seu próprio CD por alguns segundos enquanto aflitamente comia batatas fritas trazidas por “Nanata, a empregada mulata”. Assim ele a chamava de brincadeira quando ela lhe fazia algum agrado. Correu no banheiro, lavou as mãos, pegou o livro de geografia e tentou decorar como seria o relevo da Ásia, seus desertos, pradarias e as cordilheiras irrompendo à força de movimentos tectônicos ao sul e leste. Dois minutos depois atualizou mais uma vez a página e lá estava a foto na seção de notícias. Seu sobrenome estava errado. Putaço, pediu para o seu pai ligar para o dono do site. Além de corrigir o erro, que também mandasse embora o jornalista responsável, de preferência.
Trilha sonora sugerida para a leitura deste conto: Porque Não, Replicantes.
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