Não consegui processar a informação na hora e ainda não absorvi bem o que aconteceu. Foi mais ou menos assim. Ela fumou um e saiu elétrica. O legal é que ela ficou ligadaça e não largada, naquele esquema de ficar rindo de tudo. Como ela nunca havia fumado antes encanou que a polícia a seguia e que a enquadraria – uma menininha daquele tamanho. Correu então para casa e achou melhor escrever o livro com o qual sempre sonhou antes que ela morresse. Porque ela ficou com a certeza de que morreria na viagem que a mãe a obrigou a fazer. No dia seguinte teria que visitar a avó no Paraná, afinal não aparecia por lá há dois anos. E elas iriam de fusquinha. Então ela escreveu o livro durante toda a noite e varou a madrugada. Eu o recebi por e-mail – ela estava preocupada de ter todo aquele trabalho e nunca ser lida. Infelizmente era uma porcaria e não tive coragem de dizer isso para ela. Quando ela chegou sã e salva – teve que ir dirigindo sem dormir, mas disse que ainda foi dirigindo bem – cheguei junto e mesmo assim, mais uma vez, ouvi um não.
Sunday, October 26, 2008
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment