Lembrou-se com carinho dela,
mesmo a odiando e vice-versa. Embora não saiba o porquê dela ter manifestado
tanto ódio, a simples manifestação odiosa dela bastou para acender uma chama de
raiva que não há tempo que debele. Há lufadas de ar que a extinguem por alguns
minutos, para o ódio renascer com tanta força que queima quem está nas
cercanias.
Há os pertences jamais
devolvidos. Esquecidos. Há anos. Para devolvê-los quando fosse conveniente. Uma
desculpa para puxar um papo furado para se acertar em cheio numa roleta russa.
No dia seguinte o ódio queimou
todo seu combustível e eclipsou-se sobre si mesmo. Obliterando todas as
lembranças, boas e ruins.
Foi um sonho. É só literatura.
Não é assim, nunca é assim.
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