Para Adrian Borland
A consciência se expande para
além do corpo. Não é nenhuma bobagem mística. Não creio em nenhuma delas. É um
estado induzido, propositalmente induzido, mas cujo controle é uma rédea
esquecida em uma casa abandonada há centenas de quilômetros, dias antes. Uma
fuga do corpo. Quando finalmente é bem-sucedida, no entanto, é aterrorizante.
Os neurônios, na ponta dos dedos, são tocados por pensamentos incorpóreos, mas
extremamente conscientes da expansão pelo ar. Talvez possam esvair, sem retorno.
Por isso agarram-se à pele.
Um som de sino. Distante, vem se
aproximando.
- Que merda, você está lendo muito
Phillip K. Dick e brisando demais.
Reprodução de Daniel in the Lion's Den, quadro de Briton Rivière (1872) |
Ela agarra meu pau. Escapei de
mim mesmo e retornei, enlaçado pelos baixos instintos. Os melhores; será?...
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