Bilhões de mortes depois de você
Todo o Mistério d’antanho
Mergulhou no olvido
O pranto ignora o vácuo
Podia ser ouvido a 10 parsecs
Afastei-me ainda mais
Orbito o buraco negro massivo de
Andrômeda
No horizonte de eventos encaro
O último titã no firmamento
Horrorizado por ter uma
testemunha
Do sofrimento indizível
Pelo qual se penitenciava
Sem a almejada paz
Do instante final
Antes de ser despedaçado
O nirvana é que é ilusório
Daniel Souza Luz é revisor, escritor, professor e jornalista
Este poema foi publicado na página 9 da edição 7941 do Jornal da Cidade (de Poços de Caldas/MG) em 11 de fevereiro de 2023. Originalmente chamava-se Experiência 6 e publiquei apenas no stories do Instagram para meus melhores amigos em 7 de agosto de 2020. Era, de fato, um experimento, portanto o reescrevi para publicá-lo no jornal.
Galáxia de Andrômeda (M-31). Foto tirada em 18/09/2010 por Adam Evans e compartilhada aqui via licença Creative Commons. |
No comments:
Post a Comment