Assoprando no meu ouvido, de brincadeira, tal como ela gostava de fazer há anos, tenho impressão que ela sussurra algo. “O quê?”, pergunto, quase sussurrando também. Nada, nada, não disse nada. Não acho que tenha ouvido o que desejava, como se fosse uma deixa para eu me desprender. Parece real demais, o eco ainda se faz ouvir. Não te agüento mais. Ato falho de confissão involuntária, ato premeditado para me atormentar, ou auto-ilusão conveniente, daquele dia em diante ficou claro para mim que aquele sussurro ressoante encerra uma verdade que começou a se tornar cada vez mais evidente. Por aquela velha história dos filhos e tal, fiquei, mas a fidelidade se foi.
Friday, May 11, 2007
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