Monday, September 05, 2016

Legião Urbana, uma crônica

É das primeiras músicas das quais me lembro de gostar. Ouvi pela primeira vez numa propaganda de TV; será que era para anunciar a participação em algum programa de auditório? Era o vídeo de Tempo Perdido, tenho certeza. Depois ouvi no rádio. Fiquei encantado. Foi a primeira vez na vida que prestei atenção espontaneamente à letra de uma música. Isso foi por volta de 1986/1987, tinha uns doze anos. Quer dizer, eu sabia a letra de algumas músicas, principalmente porque meus colegas de escola falavam das do RPM, mas Tempo Perdido foi a primeira que me interessou mesmo, mas não havia com quem a conversar a respeito. Ninguém se importava muito e acho que nem eu.
À época respondi um daqueles cadernos de perguntas que as meninas faziam e davam para você levar para casa – sim, já se stalkeava naquela época, mas era mais explícito – e respondi que minha música favorita era Tempo Perdido, sem titubear. Ela perguntou depois o porquê e eu disse que a letra refletia a vida; não sei por que disse isso. Hoje ela é atriz, às vezes a vejo no teatro. Eu devia estar afetando profundidade, ela deve ter percebido, pois pareceu incrédula. Para mim, a resposta foi sincera. Tempo perdido.

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