Monday, January 16, 2023

Dica errada, mas funcionou

Esta crônica foi publicada na página 9 da edição 7921 do Jornal da Cidade (de Poços de Caldas/MG) em 14/01/2023. O texto não passou por revisão e foi baseada na minha Micrônica 2328, publicada originalmente em 22/09/2018.    

Em 2018 resolvi ler um livro de crônicas do Mario Prata, uma por dia, mas o perdi em meio à bagunça do meu quarto e temi perder o pique, até porque não sou o maior fã do mundo do cara. Porém, valeu a pena dar uma chance e descobri qualidades insuspeitas. Na noite em que não o encontrei, ao adormecer, sonhei que estava no apartamento onde morei durante a infância. Eu comia bolachas cream cracker e uma delas caiu no chão. Como estava comendo enquanto andava pelos corredores sem querer a chutei para o quarto do fundo. Fui pegá-la debaixo da cama e acabei encontrando o livro. Peguei-o e vi no meu celular, por coincidência, uma mensagem inbox do Mario Prata perguntando como eu estava. Respondi que estava bem e que havia lido um livro do James Lins. Ele, o Prata, havia se mudado para Florianópolis e perguntei como estavam as coisas na cidade. O detalhe é que realmente li isso (que ele havia se mudado para Florianópolis) na orelha de um livro que compila as histórias do pseudônimo James Lins, semanas antes desse diálogo onírico. Ao acordar, imediatamente procurei o livro de crônicas no meu quarto. Encontrei-o, mas não estava embaixo da cama, o primeiro lugar que vasculhei, mas sim numa pilha de impressos, uma bagunça de jornais velhos, revistas novas e livros.

Daniel Souza Luz é revisor, jornalista, escritor e professor


Mario Prata numa roda de conversa em Votuporanga/SP, 02/05/2012. Foto tirada por André Luiz D. Takahashi e reproduzida via licença Creative Commons


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